O Evangelho de Mateus 26:22-23
- Fontes, Elias T.
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
E eles, profundamente contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: Porventura sou eu, Senhor? Respondeu ele: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá. - Mateus 26:22-23
A passagem de Mateus 26:22-23 revela um momento profundo e doloroso na trajetória de Jesus e de Seus discípulos. A indagação dos discípulos, “Porventura sou eu, Senhor?”, ressoa como um eco de insegurança e arrependimento, refletindo a fragilidade humana diante da traição. Aqui, é importante observar que Jesus não está apenas identificando Judas como o traidor; Ele está enfatizando a gravidade do ato de traição que se desenrola no seio da comunhão mais íntima.
A Profundidade da Traição
A natureza da traição de Judas é acentuada pela proximidade e intimidade que existiam entre Jesus e os doze. O fato de que um deles, que compartilhou refeições e momentos significativos, pudesse trair o Mestre, nos leva a refletir sobre a seriedade de nossas próprias ações. O ato de Judas não foi apenas uma traição a Jesus; foi uma traição à comunidade que Ele formou. Isso nos faz questionar até que ponto estamos cientes de nossas próprias ações e do impacto que elas têm em nossa relação com Deus e com os outros.
Autoexame e Sensibilidade
Ao refletirmos sobre essa passagem, somos convidados a um autoexame. Perguntar a nós mesmos, “Porventura sou eu, Senhor?”, é um convite para que olhemos para nossas vidas e identifiquemos momentos em que, de alguma forma, traímos a confiança que Deus depositou em nós. Como você mencionou, muitas vezes, ao participarmos da Ceia, podemos, inadvertidamente, nos expor ao pecado, sem a devida consciência do que isso representa. É um chamado para que a nossa consciência se torne cada vez mais sensível às pequenas traições que podemos cometer no dia a dia, por meio de palavras, ações ou mesmo omissões.
Oração e Arrependimento
A oração é uma ferramenta poderosa nesse processo. Pedir a Deus por um coração contrito e uma consciência sensível é fundamental para que possamos nos alinhar com Sua vontade. Agradecer pelo perdão já recebido, enquanto pedimos por um coração renovado, demonstra nossa intenção de crescer em graça e em conhecimento.
Senhor, ao me deparar com a gravidade da traição, reconheço que muitas vezes falhei em viver de acordo com o Teu amor e ensinamentos. Que eu possa olhar para minhas ações com um coração sincero, pedindo perdão por cada pequeno deslize que me afasta de Ti e da comunhão com meus irmãos. Ajuda-me a ser cada vez mais sensível à Tua voz e à Tua presença. Que eu não apenas participe da Ceia, mas que cada momento seja uma celebração da minha comunhão Contigo. Em nome de Jesus, oro e agradeço. Amém.
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